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18 de setembro de 2018

TEATRO AKWE

O Projeto Teatro Akwe é uma iniciativa que se fundamenta na parceria da Cia Art’Sacra de Teatro e a Comunidade Indígena Xerente, localizada nas Aldeias de Tocantínia/TO.

O nome do Projeto tem sua idealização na própria denominação linguística oficial da comunidade Xerente, que habita a 80 km da capital – Palmas. A palavra Akw~e significa “gente importante”.

Após alguns contatos das escolas indígenas com a diretoria da Art’Sacra, em 2017/18, foi demonstrado, por parte dos alunos Xerente, o interesse em desenvolver um projeto de arte cênica com o intuito de criar novas estratégias de resgate, preservação, apresentação e valorização da cultura indígena local.

Estes aspectos vão ao encontro dos princípios dos Direitos Humanos, prescrito na Constituição Federal de 1988, que reza no Art. 231 que “são reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarca-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens”.

Resguardados por esse ordenamento jurídico, os povos indígenas Xerente, com sua identidade própria, faz parte integrante da história oficial do estado do Tocantins, desde 1991, quando suas terras foram demarcadas.

No entanto, a expressividade de sua cultura ainda está aquém de sua realidade. Pois os importantes momentos de festa nas Aldeias, que contemplam batismo, desenhos pelo corpo, colares, fitas, tradição alimentar, danças, cantos, ritmos, corridas, futebol, etc, são divulgados apenas em datas comemorativas. O que reduz, e muito, a comunicação da diversidade cultural.

Por isso, os agentes responsáveis por geração de ações culturais, especificamente no Estado do Tocantins, não podem ignorar a contribuição que os povos indígenas Xerente representam para a história da Amazônia Legal, na qual o mais novo estado do Brasil está inserido.

Por ser uma entidade sem fins lucrativos, a Cia. desenvolve seus projetos única e exclusivamente a partir de patrocínios e apoios culturais. Não havendo outra fonte de renda que dê sustentabilidade ao despertar de novas manifestações socioculturais na capital e em seu entorno regional.

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