Cultura afro terá R$ 2,4 milhões em prêmios
As inscrições podem ser feitas até 6 de novembro, via Correios ou internet. Serão distribuídos 60 prêmios no total de R$ 2,4 milhões.
A ministra da cultura Marta Suplicy defendeu, durante lançamento do prêmio de Culturas Afro-Brasileiras, na manhã desta terça-feira (7/10), em Goiânia (GO), um olhar mais atento do Ministério da Cultura (MinC) para grupos geralmente considerados excluídos, como é o caso dos negros. O prêmio visa reconhecer e apoiar iniciativas culturais realizadas por comunidades quilombolas, religiosas de matriz africana e coletivos negros. Com inscrições abertas até 6 de novembro, interessados irão concorrer a 60 prêmios no valor total de R$ 2,4 milhões.
“Desde que cheguei ao ministério, há uma preocupação, que tem se transformado em ações, de dar um olhar mais atento para grupos geralmente excluídos como as comunidades afro-descendentes, LGBT, ciganos, índios e mulheres”, afirmou a ministra. Ela enfatizou a importância do edital lançado em Goiás, específico para a comunidade quilombola, povos tradicionais de matriz africana e coletivos de cultura negra . “Achamos que esse será o coroamento da comunidade afro-descendente, já que vamos ter atingido diferentes áreas da cultura. A identidade de uma nação se faz com a cultura e a participação da cultura negra no Brasil”, completou.
Marta Suplicy lembrou ainda que existe um esforço no governo para tornar os editais mais simples. “Há um grupo trabalhando para fazer algo unificado e que realmente torne o processo mais fácil. Para isso, também estamos realizando oficinas pelo Brasil, para que as pessoas tenham a informação das ações do ministério e para ajudar os interessados a se inscreverem e a preencherem os formulários”, comentou.
Durante a solenidade, a apresentação do grupo de dança Comunidade Quilombola João Borges Vieira animou a plateia. Além disso, o grupo Visual Ilê e o grupo de Capoeira Só Angola e Mestre Passo Preto interpretaram o Hino Nacional. Mais de 50 representantes da cultura afro de Goiás participaram da cerimônia de lançamento do edital.
O evento também contou com a participação do presidente da Fundação Cultural Palmares, Hilton Cobra, do prefeito de Goiânia, Paulo Siqueira Garcia, e da secretária municipal de políticas para a promoção de igualdade racial, Ana Rita Marcelo de Castro. “Na última década, o Brasil tem reconhecido a presença e importância da comunidade negra. As políticas afirmativas são armas importantes para ultrapassar a barreira do preconceito e promover a desconstrução de uma sociedade racista, patriarcal e homofóbica”, afirmou Ana Rita de Castro.
O prêmio
O concurso premiará atividades nas áreas de literatura, música, artes plásticas e cênicas e, dessa forma, pretende facilitar o acesso de comunidades de expressão afro-brasileira aos mecanismos de fomento à cultura. Representa também uma forma de cumprir as diretrizes do Plano Plurianual do Governo Federal e do Plano Nacional de Cultura.
A premiação está dividida em três categorias: Iniciativa Cultural Quilombola; Iniciativa Cultural de Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e Iniciativa Cultural de Coletivos Culturais Negros. Estão aptas a participar pessoas físicas e jurídicas que realizam atividades culturais voltadas para comunidades ou expressões quilombolas ou ambas, de povos e comunidades de matriz africana e outros bens culturais afro-brasileiros.
A iniciativa é uma parceria entre a Fundação Cultural Palmares e a Secretaria da Cidadania de Diversidade Cultural do Ministério da Cultura. Em Goiás, há registro de 28 comunidades quilombolas.
(Fonte: Assessoria de Comunicação
Ministério da Cultura)